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domingo, 11 de novembro de 2018

Cidadão Kane (1941)




“Rosebud”
Charles Foster Kane


Elenco: Orson Welles (Charles Foster Kane); Joseph Cotten (Jedediah Leland); Dorothy Comingore (Susan Alexander); Agnes Moorehead (Srta. Mary Kane); Ruth Warrick (Emily Norton); Kane Ray Collins (James "Jim" W. Gettys); Erskine Sanford (Herbert Carter); Everett Sloane (Bernstein); William Alland (Jerry Thompson); Paul Stewart (Raymond); George Coulouris (Walter Parks Thatcher).

Ano: 1941

Duração: 119 minutos.

Direção: Orson Welles.



Cidadão Kane é um filme lançado em 1941 pela RKO Pictures nos EUA, sendo dirigido, escrito, produzido e estrelado por Orson Welles. A história mostra a vida e o legado de Charles Foster Kane, um personagem interpretado por Orson Welles e inspirado no magnata da imprensa William Randolph Hearst (1863-1951) e do próprio Welles.

Orson Welles.

A história é contada através da investigação de um jornalista que procura saber o significado da última palavra que o magnata disse antes de morrer: "Rosebud". A carreira de Kane na indústria editorial nasceu do idealismo e do serviço social, mas gradualmente se transformou em uma perseguição implacável ao poder.

Welles interpretando Charles Foster Kane.

O filme foi um sucesso de crítica, mas não conseguiu recuperar os seus custos nas bilheterias, sendo esquecido logo depois. Nos anos de 1950 sua reputação melhorou, primeiro com os críticos franceses e depois com sua reestreia nos EUA em 1956.


Charles Foster Kane fazendo campanha eleitoral.

Por muito tempo liderou todos os votos da revista Sight & Sound dos dez melhores filmes já realizados durante metade do século XX. O filme é considerado uma das obras-primas da história do cinema, sendo particularmente elogiado por sua inovação na música, fotografia e estrutura narrativa.

Orson Welles apresentou para o espectador uma série de invenções que atualmente causam impacto nas telas, utilizando uma lente especial que dá impressão de profundidade do foco, além do uso de câmara baixa ou alta, para acentuar a grandeza ou insignificância dos personagens.


Técnica de profundidade utilizada no filme.

Foi o primeiro filme de Orson Welles, que ganhou o Oscar de melhor roteiro original junto com Herman J. Mankiewicz. Foi o único Oscar ganho por Orson Welles durante sua carreira, exceto o Oscar Honorário de 1970.

Em Cidadão Kane foi a primeira vez que a profundidade de campo era usada intencionalmente em um filme. Outro fato inédito foi a passagem do exterior do castelo para o interior, com a fusão de películas e um longo travelling. 
Castelo onde morava Kane.

A trilha sonora é do compositor Bernard Herrmann, também responsável pelas trilhas de Psicose (1960) e de Taxi Driver (1976).

William Randolph Hearst chegou no final da década de 1930 como o homem mais influente da imprensa dos EUA, iniciando sua carreira de empresário aos 24 anos de idade. Durante seu lançamento, proibiu de mencionar o filme em seus jornais. Tentou também a carreira política, sendo candidatado à prefeitura de Nova Iorque por duas vezes, a governador do Estado uma vez e até vice-governador, também uma vez, perdendo nas quatro candidaturas.

Sr. Kane.


Trailer (Não oficial):






Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Citizen_Kane
https://www.omelete.com.br/filmes/icidadao-kanei
https://www.blahcultural.com/a-treta-historica-por-tras-de-cidadao-kane/
https://www.papodecinema.com.br/filmes/cidadao-kane/
https://www.youtube.com/watch?v=BiZi4rx9TJo (Youtube: Comunicação e Multimeios UEM 2017)

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Assalto ao Trem Pagador (1962)





“Quando morre uma criança na favela, todo mundo devia cantar; é menos um para se criar nesta miséria!!” 
Cachaça


Elenco: Reginaldo Faria (Grilo Peru); Eliezer Gomes (Tião Medonho); Jorge Dória (delegado); Ruth de Souza (Judite); Luíza Maranhão (Zulmira); Grande Otelo (Cachaça); Átila Iório (Tonho) Miguel Rosenberg (Edgar); Dirce Migliaccio (mulher de Edgar); Helena Ignez (Marta). 

Ano: 1962 


Direção: Roberto Farias.

Duração: 102 minutos. 


O Assalto ao Trem Pagador é um filme nacional do gênero policial, baseado numa história real, o famoso assalto ocorrido contra o trem de pagamentos da Estrada de Ferro Central do Brasil, em junho de 1960, nas proximidades da Estação Japeri, no Estado do Rio de Janeiro. 
Na trama, Grilo é um inteligente criminoso da cidade que diz trabalhar para um chefão que chama de "Engenheiro" e com isso convence Tião Medonho e outros bandidos da favela a praticarem um roubo a um trem para não levantar suspeitas.

Elíezer Gomes, Reginaldo Farias e Átila Iório.


O filme representou o Brasil no Festival de Veneza de 1962, além de ter ganho diversas premiações, tais como: Prêmio Saci 1962 de Melhor ator coadjuvante (Jorge Dória), Melhor atriz coadjuvante (Dirce Migliáccio) e Melhor Roteiro (Roberto Farias); Prêmio Governador do Estado de São Paulo 1962, Melhor Roteiro (Roberto Farias); V Festival de Cinema de Curitiba 1962, Melhor atriz coadjuvante (Luíza Maranhão), Revelação (Eliezer Gomes); Troféu Cinelândia 1962, Revelação (Eliezer Gomes); Festival de Lisboa, Portugal, 1963, Prêmio Caravela de Prata; etc.

Grande Otelo.

Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

Luíza Maranhão e Eliezer Gomes.

Grande filme nacional do gênero policial/ação, produzido por Hebert Richers, mostrando grande qualidade na sua produção. Atuações excelentes, com destaque para Eliezer Gomes que interpreta Tião Medonho e Reginaldo Farias que interpreta Grilo. 


Para o papel de Tião Medonho, centenas de pessoas se candidataram, sendo escolhido Eliezer Gomes, funcionário público que trabalhava como motorista de ambulância.

O filme teve grande receptividade do público. Parte da crítica, ligada ao movimento do Cinema Novo, não viu o longa com bons olhos.

Helena Ignez e Reginaldo Farias.

A realidade e o contraste das classes sociais no Rio de Janeiro, além da discriminação social e racial estão presentes no longa. 


O diretor Roberto Farias, irmão do ator Reginaldo Farias, faleceu em 14 de maio deste ano.


Cena de abertura: 




Fontes:

http://50anosdefilmes.com.br/2013/assalto-ao-trem-pagador/
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Assalto_ao_Trem_Pagador
http://www.encontro2016.bahia.anpuh.org/resources/anais/49/1470835643_ARQUIVO_textogenilson.pdf
https://filmesclassicos.podbean.com/e/episodio-79-o-assalto-ao-trem-pagador/
https://www.youtube.com/watch?v=FYHCu5dgNcI (Youtube: Trem da História por Rafael Guedes)

domingo, 16 de setembro de 2018

O Leopardo (1963)




“Se quisermos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude”.
Tancredi


Elenco: Burt Lancaster (Prince Don Fabrizio Salina); Claudia Cardinale (Angélica Sedara); Alain Delon (Tancredi Falconeri); Terence Hill (Count Cavriaghi); Paolo Stoppa (Don Calogero Sedara)

Origem: Itália.

Duração: 186 min.

Direção: Luchino Visconti.


Este longa, baseado no romance homônimo escrito por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, retrata o ano de 1860 na Sicília, durante o período vivido nos palácios da aristocracia durante o conturbado reinado de Francisco II das Duas Sicílias e o Risorgimento, que foi o longo processo de unificação dos Estados autônomos que originaram o Reino de Itália, em 1870.

Don Fabrizio e sua família.


O príncipe Don Fabrizio Salina testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia. Num cenário caótico de fortes contradições políticas, ele luta para manter seus valores e reconhece a importância da revolução para a manutenção de seus interesses.

Burt Lancaster interpretando D. Fabrizio Salina.

Para D. Fabrizio a ascensão da burguesia é uma ameaça e diante disso combina o casamento do seu sobrinho Tancredi com Angélica, filha de um burguês e influente administrador de propriedades da região.

Tancredi, Angélica e D. Fabrizio.

Luchino Visconti queria que D. Fabrizio fosse interpretado por Laurence Olivier, mas os produtores insistiram que o personagem fosse interpretado por um astro de Hollywood, visando um maior retorno de bilheteria, sendo escolhido Burt Lancaster.

Cena com Burt Lancaster.

O filme levou quatro meses para ser rodado, pois Luchino Visconti era detalhista na recriação de época, permitindo que Claudia Cardinale só lavasse os cabelos a cada 15 dias, gerando problema com a atriz.

Cena da Valsa.

O filme tornou-se grande sucesso comercial e bastante elogiado pela crítica.

Luchino Visconti foi um dos mais importantes diretores de cinema italianos. Nasceu em Milão, no dia 2 de novembro de 1906 e faleceu em 17 de março de 1976 na cidade de Roma. Tinha o título de Conde de Lonate Pozzolo, devido descendência nobre da família milanesa dos Visconti. Foi um dos fundadores do Neorrealismo Italiano, apresentando uma carreira diversificada entre o realismo e o Cinema Clássico, com referências de Dostoiévski à Thomas Mann.

Luchino Visconti.

O personagem D. Fabrizio Salina foi inspirado no avô do autor do livro, que era o príncipe de Lampedusa.

O longa foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1963.




Trailer:




Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Leopardo_(filme)
http://cineplot.com.br/index.php/2018/01/05/10-filmes-para-conhecer-luchino-visconti/
http://filmesclassicos.com.br/2017/03/15/visconti-final/
https://www.cinecompipoca.com.br/curiosidades-classicas-o-leopardo-1963/
https://www.youtube.com/watch?v=DHYu--E9ucI (Blondinka Inoz)

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Wall-E





“Eu não quero sobreviver, eu quero viver”
Capitão B. McCrea


WALL·E é uma animação de 2008 que foi produzida pela Disney/Pixar.

Elenco: Ben Burtt (Wall-E); Elissa Knight (EVA); Jeff Garlin (Capitão B. McCrea); Fred Willard (Shelby Forthright); John Ratzenberger (John); Kathy Najimy (Mary); Sigourney Weaver (computador da Axiom).

Direção de Andrew Stanton.

Duração: 97 min.

Wall-E.


O longa ocorre no ano de 2815 d.C, período em que o planeta Terra está abandonado e coberto por lixo, resultado de décadas de consumismo em massa, facilitado pela megacorporação Buy-n-Large (BnL).

A Terra virou um depósito de lixo.

A história gira em torno de um robô chamado WALL·E (Waste Allocation Load Lifter - Earth Class), um robô muito curioso, solitário, de bom coração e talvez o único em funcionamento na Terra, criado para limpar o planeta. Com a chegada de outro robô, chamado EVA (Extraterrestrial Vegetation Evaluator), que tem a missão de encontrar pelo menos uma planta na superfície do planeta Terra, WALL·E segue para o espaço em uma aventura que irá mudar seu destino e o destino da humanidade.

EVA e Wall-E.

WALL·E foi o primeiro filme da Disney/Pixar a ter segmentos com atores reais.

Foi um sucesso de crítica e de público, e a sexta melhor estréia de um filme da Pixar.

Para fazer a voz de Auto, foi utilizado o programa MacInTalk, da Apple.

No Oscar de 2009 concorreu em 06 categorias: Filme de Animação; Roteiro Original, Trilha Sonora, Canção Original (Down to Earth), Edição de Som e Mixagem de Som, vencendo em Filme de Animação.

Os humanos como vivem no futuro.

Também venceu o Globo de Ouro e o BAFTA de 2009, todos como Filme de Animação.

O filme tem um capricho na criação dos ambientes e dos personagens, com trilha sonora marcante, tem emoção e apresenta várias camadas para reflexão, tais como: produção de lixo na sociedade, a forma sedentária das pessoas e solidão.

Excelente filme para toda a família!!!

Wall-E carregando as baterias com energia solar.
Trailer:





Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/WALL%C2%B7E
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-123734/criticas-adorocinema/

 


sábado, 28 de julho de 2018

Ben-Hur (1959)




Ben-Hur é um filme épico realizado pelo estúdio Metro-Goldwyn-Mayer em 1959, dirigido por William Wyler e produzido por Sam Zimbalist. É uma adaptação do romance Ben-Hur: A Tale of the Christ, escrito por Lew Wallace em 1880, além de ser uma refilmagem do filme mudo de 1925. 

Corrida de bigas.

Elenco: Charlton Heston (Judah Ben-Hur); Jack Hawkins (Quinto Arrio); Haya Harareet (Esther); Stephen Boyd (Messala); Hugh Griffith (Ilderim); Martha Scott (Miriam); Cathy O'Donnell (Tirzah); Sam Jaffe (Simonides); Finley Currie (Baltasar); Frank Thring (Pôncio Pilatos). 

Duração: 222 min. 

O filme conta a história de um rico príncipe chamado Judah Ben-Hur, no ano 26, que vive em Jerusalém com sua mãe Miriam, sua irmã Tirzah. 

Com a chegada de Messala, seu amigo de infância e que trabalha como tribuno militar, que retorna para Jerusalém depois de vários anos longe como o novo comandante da guarnição romana local, novos acontecimentos mudam a vida de Ben-Hur, devido a visões políticas divergentes. 

Tirzah, Esther , Miriam, Simonides e Ben-Hur.

Ben-Hur é devoto de sua fé e da liberdade do povo judeu, enquanto isso, Messala acredita na glória de Roma e seu poder imperial. 

Devido um incidente que ocorrerá na chegada do novo governador romano na Judeia, Messala condenará o Rei da Judeia e sua família. 

Reviravoltas acontecerão na vida de Judah Ben-Hur, passando de escravo a nobre romano, em busca de vingar a sua família.

Ben-Hur sendo escravo dos romanos.

O filme é grandioso e teve o maior orçamento e os maiores cenários construídos na história do cinema até aquele momento. 

As filmagens duraram entre maio de 1958 e janeiro de 1959, sendo realizadas seis dias por semana durante períodos de doze a catorze horas diárias. Mais de 200 camelos, 2.500 cavalos e 10.000 figurantes foram usados durante as filmagens do longa. A pós-produção durou seis meses.

Ben-Hur e Xeque Ilderim.

O filme estreou em novembro de 1959 e tornou-se a maior arrecadação do ano. Foi vencedor de onze Oscars em um total de doze indicações (Filme, Diretor, Ator para Charlton Heston, Ator Coadjuvante para Hugh Griffith, Direção de Arte, Figurino, Efeitos Especiais, Edição, Música, Gravação de som e Fotografia), perdendo na categoria de Roteiro Adaptado. Tornou-se sozinho o maior vencedor do Oscar, até 1998 quando Titanic também venceu o mesmo número de premiações. Venceu também três prêmios no Globo de Ouro (Filme – Drama, Diretor e Ator Coadjuvante para Stephen Boyd). 

Ben-Hur e Quinto Arrio em Roma.


O longa salvou o estúdio Metro-Goldwyn-Mayer de uma possível falência. 

Ben-Hur vendo o sofrimento de Jesus na Via Crucis.

Em 2016 foi realizado um remake, com duração de 141 minutos, dirigido por Timur Bekmambetov e que tem de destaque no elenco o ator brasileiro Rodrigo Santoro interpretando Jesus Cristo e o ator Morgan Freeman interpretando Sheik Ilderim. O filme não foi bem recebido pela crítica e o público.





Fonte: 
http://www.planocritico.com/critica-ben-hur-1959/ 
https://www.imdb.com/title/tt0052618/ 
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1532/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ben-Hur 
hard.fael (Youtube) - https://www.youtube.com/watch?v=OPNojA5Zi7M




segunda-feira, 23 de julho de 2018

Breve história do cinema - parte 3

O som no cinema passou por um longo processo de evolução. 

No ano de 1926, o estúdio Warner Bros. lançou o filme Don Juan, com músicas e efeitos sonoros sincronizados na película. 

Poster de Don Juan.

Em 1927 foi lançado também pela Warner Bros. o título O Cantor de Jazz, de Alan Crosland considerado o primeiro filme de longa duração a ser sincronizado com falas, além do canto. O filme tinha apenas 25% de falas mas fez tanto sucesso que transformou o estúdio no maior de Hollywood.

Cena de O Cantor de Jazz.

Referente a filmes totalmente falados, somente em 1928 estreava o primeiro com o título de Luzes de Nova York, uma história de gangster também do estúdio Warner Bros. 

Poster de  Luzes de Nova York.


Na Inglaterra, em 1929, Alfred Hitchcock fez Chantagem e Confissão. Na França era lançado também em 1929 o filme Les Trois Masques, de André Hugon.

Poster de Chantagem e Confissão.

Ainda em 1929, Melodia da Broadway era lançado com a propaganda de ser o primeiro filme 100% falado, cantado e dançado, tornando-se o pioneiro dos musicais.

Cena de Melodia da Broadway.


Com a introdução do som nos filmes, a indústria cinematográfica é altamente impulsionada pelo boom dos filmes falados. 

Com o rápido crescimento da indústria cinematográfica e com o advento do som, ocorreu a necessidade de padronizar as instalações e a forma de produção dos filmes. Foram estabelecidos um determinado padrão de trabalho empírico, onde a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas começou a formalizar e organizar todo o sistema.

Hollywood na década de 1920.


No início da década de 1930, quando praticamente 99% dos filmes eram falados, Charles Chaplin e Serguei Eisenstein ainda faziam resistência realizando filmes mudos. 

A partir da década de 1930, novas técnicas foram sendo introduzidas no cinema, principalmente na fotografia, na iluminação e nas trilhas sonoras, onde Orson Wells foi um dos grandes nomes que revolucionou o cinema. 

Orson Welles inovou com técnicas até então raríssimas nas produções cinematográficas, tais como: os ângulos de câmera, com o uso de plongée e contra-plongée; a exploração do campo (campo e contra-campo); narrativa não linear; e, a edição/montagem devido a não linearidade da narrativa.

Orson Welles.


No Brasil, a Cinédia foi uma produtora de filmes criada com base no modelo e padrão de Hollywood. Foi fundada por Adhemar Gonzaga em 15 de março de 1930 no Rio de Janeiro, produzindo dramas populares e comédias musicais, que ficaram conhecidas como as chanchadas. O primeiro filme da produtora foi Lábios sem beijo de 1930. A empresa encerrou as atividades em 1951. 

Poster do filme Lábios sem Beijos.


Fontes:
http://martinostimemachine.blogspot.com/2017/01/p.html
http://www.cinedia.com.br/Labios%20sem%20beijos%201930.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orson_Welles
http://www.abcine.org.br/artigos/?id=121&/o-som-no-cinema
http://www.planocritico.com/plano-historico-uma-introducao-ao-cinema-sonoro/
http://radioagencianacional.ebc.com.br/cultura/audio/2016-07/historia-hoje-primeiro-filme-totalmente-falado-estreou-ha-88-anos
https://www.webartigos.com/artigos/o-som-no-cinema/115996

Estreia de Missão: Impossível - Efeito Fallout


Nesta semana estreia Missão: Impossível – Efeito Fallout, sexto filme da franquia.

Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Tom Cruise e Ving Rhames.  

As melhores intenções muitas vezes voltam para assombrá-lo. Quando uma importante missão não sai como o planejado, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe do IMF unem forças em ação numa corrida contra o tempo para acertar as contas com os erros do passado.

Henry Cavill e Angela Basset.

Elenco: Tom Cruise (Ethan Hunt), Rebecca Ferguson (Ilsa Faust), Henry Cavill (August Walker), Ving Rhames (Luther Stickell), Simon Pegg (Benjamín "Benji" Dunn), Michelle Monaghan (Julia Meade-Hunt), Alec Baldwin (Alan Hunley), Sean Harris (Solomon Lane), Josiah Black (Edgar Munsen) e Angela Bassett. 

Diretor: Christopher McQuarrie.

Duração: 147 min.

Paramount Pictures.




Fonte: 
Paramount Pictures Brasil


sexta-feira, 13 de julho de 2018

História do cinema - Parte 2

Com a especialização na produção de filmes, as convenções de linguagem foram se especializando cada vez mais. Antes, os filmes mudos só conseguiam dizer: acontece isto, acontece aquilo, etc., passando para enquanto isso e elaborando mais uma estrutura narrativa. 

A indústria cinematográfica começou a ganhar mais respeito e credibilidade, sendo dirigido para um público cada vez maior em teatros luxuosos e caros. 

O filme O Nascimento de uma nação, de 1915, foi considerado um dos filmes mais populares da época do cinema mudo, pois causou polêmica por ser uma glorificação da escravatura, segregação racial e promoção do aparecimento da Ku Klux Klan. 

Na segunda década do Século XX, o continente europeu tinha o cinema mais popular e poderoso do mundo. Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão, um dos movimentos de arte mais importantes da época, com destaque para os filmes: O Gabinete do Doutor Caligari (1920), Nosferatu (1922), Phantom (1922) e Metrópolis (1927). 

O Gabinete do Doutor Caligari apresentava um enredo de loucura e morte vivida por personagens desligados da realidade e com cenários sombrios e bizarros criados no cinema, provocando discussões sobre as possibilidades artísticas e expressivas.

Figura 1 – Cena de O Gabinete do Doutor Caligari.

Phantom, de Friedrich Wilhelm Murnau, teve roteiro baseado na obra literária homônima de Gerhart Hauptmann que foi premiada com o Prêmio Nobel de Literatura em 1912. A história é narrada em flashback, quando Lorenz Lubota recebe da esposa Marie um livro onde escrever os acontecimentos que o atormentam. É uma obra cinematográfica sobre homens, sua memória e suas obsessões.

Figura 2 – Cartaz de Phantom.

Nosferatu, de Friedrich Wilhelm Murnau, conta a história de um agente imobiliário que viaja até os Montes Cárpatos para vender um castelo no Mar Báltico cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock, que na verdade é um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente quem pode reverter esta situação é Ellen, a esposa de Hutter, pois Orlock está atraído por ela. Foi baseado na história de Drácula, de Bram Stoker (1897). O diretor não conseguiu os direitos autorais com a viúva de Stoker e acabou produzindo uma versão independente, cuja narrativa preserva o enredo original de Stoker.

Figura 3 – Cena de Nosferatu.

Em Metrópolis, criado pelo austríaco Fritz Lang, apresenta-se uma distopia futurista dividida em duas classes distintas e separadas, os pensadores e os trabalhadores. O roteiro foi baseado na obra literária homônima de Thea von Harbou, sendo escrito por ela em parceria com Lang.

Figura 4 – Cartaz de Metrópolis.

Na Espanha surgiu o cinema surrealista, com destaque para Um Cão Andaluz (1928) e A Idade do Ouro (1930). 

Figura 5 – Cena de Um Cão Andaluz.

Na Rússia (na época União Soviética) surgiu uma nova técnica de montagem chamada de montagem intelectual ou dialéctica, criada pelo cineasta Serguei Eisenstein, e com destaque o filme O Encouraçado Potemkin (1925). Outros filmes russos de destaque na época foram Aelita e Terra. 

No filme O Encouraçado Potemkin é apresentado uma versão dramatizada de uma rebelião ocorrida em 1905, onde os tripulantes do navio de guerra Potemkin se rebelaram contra a tirania de seus comandantes e assumem o controle da embarcação.

Figura 6 – Cena de O Encouraçado Potemkin.

Na Dinamarca surgiu Carl Theodor Dreyer, que criou o filme Le Passion de Jeanne D'arc (1928), sendo considerado por alguns como um dos melhores filmes de todos os tempos. Influenciou bastante o cinema escandinavo.

Figura 7 – Cena de Le Passion de Jeanne D'arc.

A maioria dos filmes mudos se perderam ao longo do tempo, por falta de cuidado e/ou de boa conservação ou derretida a fim de recuperarem o nitrato de prata, um componente caro.


Fontes: 
http://queconceito.com.br/filme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema
História do Cinema Mundial. Mascarello, F. (org.). Campinas/SP. Papirus. 2006
O que é cinema. Bernardet, J.C. São Paulo/SP. Brasiliense. 1980.
Cinema para todos. Coleção Cinema para todos. Apostila de videointeratividade – Vol. II. Rio de Janeiro/RJ. Secretaria de Cultura – RJ. 2013.