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domingo, 16 de setembro de 2018

O Leopardo (1963)




“Se quisermos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude”.
Tancredi


Elenco: Burt Lancaster (Prince Don Fabrizio Salina); Claudia Cardinale (Angélica Sedara); Alain Delon (Tancredi Falconeri); Terence Hill (Count Cavriaghi); Paolo Stoppa (Don Calogero Sedara)

Origem: Itália.

Duração: 186 min.

Direção: Luchino Visconti.


Este longa, baseado no romance homônimo escrito por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, retrata o ano de 1860 na Sicília, durante o período vivido nos palácios da aristocracia durante o conturbado reinado de Francisco II das Duas Sicílias e o Risorgimento, que foi o longo processo de unificação dos Estados autônomos que originaram o Reino de Itália, em 1870.

Don Fabrizio e sua família.


O príncipe Don Fabrizio Salina testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia. Num cenário caótico de fortes contradições políticas, ele luta para manter seus valores e reconhece a importância da revolução para a manutenção de seus interesses.

Burt Lancaster interpretando D. Fabrizio Salina.

Para D. Fabrizio a ascensão da burguesia é uma ameaça e diante disso combina o casamento do seu sobrinho Tancredi com Angélica, filha de um burguês e influente administrador de propriedades da região.

Tancredi, Angélica e D. Fabrizio.

Luchino Visconti queria que D. Fabrizio fosse interpretado por Laurence Olivier, mas os produtores insistiram que o personagem fosse interpretado por um astro de Hollywood, visando um maior retorno de bilheteria, sendo escolhido Burt Lancaster.

Cena com Burt Lancaster.

O filme levou quatro meses para ser rodado, pois Luchino Visconti era detalhista na recriação de época, permitindo que Claudia Cardinale só lavasse os cabelos a cada 15 dias, gerando problema com a atriz.

Cena da Valsa.

O filme tornou-se grande sucesso comercial e bastante elogiado pela crítica.

Luchino Visconti foi um dos mais importantes diretores de cinema italianos. Nasceu em Milão, no dia 2 de novembro de 1906 e faleceu em 17 de março de 1976 na cidade de Roma. Tinha o título de Conde de Lonate Pozzolo, devido descendência nobre da família milanesa dos Visconti. Foi um dos fundadores do Neorrealismo Italiano, apresentando uma carreira diversificada entre o realismo e o Cinema Clássico, com referências de Dostoiévski à Thomas Mann.

Luchino Visconti.

O personagem D. Fabrizio Salina foi inspirado no avô do autor do livro, que era o príncipe de Lampedusa.

O longa foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1963.




Trailer:




Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Leopardo_(filme)
http://cineplot.com.br/index.php/2018/01/05/10-filmes-para-conhecer-luchino-visconti/
http://filmesclassicos.com.br/2017/03/15/visconti-final/
https://www.cinecompipoca.com.br/curiosidades-classicas-o-leopardo-1963/
https://www.youtube.com/watch?v=DHYu--E9ucI (Blondinka Inoz)

domingo, 19 de agosto de 2018

Infâmia




Elenco: Audrey Hepburn (Karen Wright); Shirley MacLaine (Martha Dobie); James Garner (Dr. Joseph "Joe" Cardin); Miriam Hopkins (Lily Mortar); Fay Bainter (Amelia Tilford); Karen Balkin (Mary Tilford); Veronica Cartwright (Rosalie Wells).

Direção: William Wyler.

Ano: 1961

Duração: 107 min.

 
Infâmia (The Children's Hour) é uma refilmagem baseada numa peça teatral homônima de Lillian Hellman, que acabou roteirizando para o cinema. O primeiro filme, com o título original “These Three” foi lançado em 1936 e também dirigido por Wyler (Oscar de direção por Ben-Hur).

Shirley MacLaine e Audrey Hepburn.
Uma aluna de uma escola particular para meninas cria boatos sobre duas professoras (Karen Wright e Martha Dobie), que também são donas da escola, por lesbianismo.

Elas são amigas desde a época que cursavam a Universidade, e lutam bastante para manter a escola. Com os boatos que se espalharam rapidamente, a vida social e profissional das duas muda radicalmente.

Shirley MacLaine, Karen Balkin e Audrey Hepburn.
Excelentes atuações de Audrey Hepburn, Shirley MacLaine e para a menina Karen Balkin.

Audrey Hepburn, James Garner e Shirley MacLaine.
O filme teve 05 indicações ao Oscar: Atriz Coadjuvante (Fay Bainter), Fotografia, Figurino, Direção de Arte e Som.

Audrey Hepburn e Shirley MacLaine nos bastidores com o diretor William Wyler.

Filme apresenta várias camadas para reflexão (rede de boatos, preconceito, ética), e principalmente hoje em dia, devido a fake news que são espalhados por redes sociais.





Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Children%27s_Hour_(filme)
http://diario-cinefilo.blogspot.com/2012/02/critica-infamia-1961.html
http://clenio-umfilmepordia.blogspot.com/2010/05/infamia-childrens-hour-1961-united.html

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Morangos Silvestres


Ano: 1957

Elenco: Victor Sjöström (Isak Borg); Ingrid Thulin (Marianne Borg); Bibi Andersson (Sara); Gunnar Björnstrand (Evald Borg); Jullan Kindahl (Agda); Folke Sundquist (Anders); Björn Bjelfvenstam (Viktor); Naima Wifstrand (sra. Borg, mãe de Isak); Gunnel Broström (sra. Alman). 

Direção: Ingmar Bergman 

Duração: 91 min. 

Victor Sjöström como Isak Borg.

A caminho de uma premiação numa universidade, o professor de medicina Isak Borg relembra momentos marcantes da sua vida e suas decepções, temendo a aproximação da morte.

O título original, em sueco, refere-se ao lugar (stället) onde se encontram morangos silvestres (smultron). 

Isak Borg dirige com sua nora, Marianne, de Estocolmo para Lund onde irá receber uma honraria da universidade local, por seus 50 anos de carreira. No caminho, relembra os principais momentos marcantes de sua vida, temendo a morte que se aproxima, além de Marianne desabafar sobre o relacionamento que tem com o filho de Isak. 

Isak e Sara.

Ao longa da jornada, os dois conhecem várias pessoas, tais como: Sara e os seus companheiros de viagem e Viktor e Anders, os quais vão para Itália. Além disso, Isak vai visitar a sua mãe. Estes encontros fazem Isak lembrar da sua própria vida.

Sara, Viktor e Anders conversando com Isak.

O roteiro do filme foi realizado Bergman, que gostava de trabalhar com questões existenciais, tais como: mortalidade, solidão e fé. A inspiração foi durante uma viagem que ele mesmo realizou. 

O diretor era grande fã de Victor Sjöström, que desde o início era o ator escolhido para fazer o papel. Sjöström foi um grande diretor do cinema mudo sueco, durante as décadas de 1910 e 1920.

Isak e sua mãe.

Referente a prêmios e reconhecimentos, o filme recebeu em 1958 no Festival Internacional de Berlim o Urso de Ouro por Melhor Filme e o Prêmio FIPRESCI para Victor Sjöström. 

Em 1959, no BAFTA, recebeu as indicações de Melhor Filme e Melhor Ator (estrangeiro) para Victor Sjöström. 

Em 1960, no Globo de Ouro, foi o vencedor na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. No Oscar, neste mesmo ano, foi indicado na categoria de Melhor Roteiro Original para Ingmar Bergman.

Victor Sjöström e Ingmar Bergman durantes as gravações.

É um excelente filme, de linguagem simples e com diversas reflexões, mostrando o presente e o passado de Isak Borg com muita emoção.



Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morangos_Silvestres
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4032/
http://cinemaemcena.cartacapital.com.br/Critica/Filme/8296/morangos-silvestres
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingmar_Bergman
http://cinemadafundacao.com.br/2018/07/mostra-ingmar-bergman-chega-ao-cinema-da-
fundacao/
https://cinemaclassico.com/frases/frases-de-ingmar-bergman/
http://www.portal-cinema.com/2008/11/biografia-ernst-ingmar-bergman.html