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domingo, 11 de novembro de 2018

Cidadão Kane (1941)




“Rosebud”
Charles Foster Kane


Elenco: Orson Welles (Charles Foster Kane); Joseph Cotten (Jedediah Leland); Dorothy Comingore (Susan Alexander); Agnes Moorehead (Srta. Mary Kane); Ruth Warrick (Emily Norton); Kane Ray Collins (James "Jim" W. Gettys); Erskine Sanford (Herbert Carter); Everett Sloane (Bernstein); William Alland (Jerry Thompson); Paul Stewart (Raymond); George Coulouris (Walter Parks Thatcher).

Ano: 1941

Duração: 119 minutos.

Direção: Orson Welles.



Cidadão Kane é um filme lançado em 1941 pela RKO Pictures nos EUA, sendo dirigido, escrito, produzido e estrelado por Orson Welles. A história mostra a vida e o legado de Charles Foster Kane, um personagem interpretado por Orson Welles e inspirado no magnata da imprensa William Randolph Hearst (1863-1951) e do próprio Welles.

Orson Welles.

A história é contada através da investigação de um jornalista que procura saber o significado da última palavra que o magnata disse antes de morrer: "Rosebud". A carreira de Kane na indústria editorial nasceu do idealismo e do serviço social, mas gradualmente se transformou em uma perseguição implacável ao poder.

Welles interpretando Charles Foster Kane.

O filme foi um sucesso de crítica, mas não conseguiu recuperar os seus custos nas bilheterias, sendo esquecido logo depois. Nos anos de 1950 sua reputação melhorou, primeiro com os críticos franceses e depois com sua reestreia nos EUA em 1956.


Charles Foster Kane fazendo campanha eleitoral.

Por muito tempo liderou todos os votos da revista Sight & Sound dos dez melhores filmes já realizados durante metade do século XX. O filme é considerado uma das obras-primas da história do cinema, sendo particularmente elogiado por sua inovação na música, fotografia e estrutura narrativa.

Orson Welles apresentou para o espectador uma série de invenções que atualmente causam impacto nas telas, utilizando uma lente especial que dá impressão de profundidade do foco, além do uso de câmara baixa ou alta, para acentuar a grandeza ou insignificância dos personagens.


Técnica de profundidade utilizada no filme.

Foi o primeiro filme de Orson Welles, que ganhou o Oscar de melhor roteiro original junto com Herman J. Mankiewicz. Foi o único Oscar ganho por Orson Welles durante sua carreira, exceto o Oscar Honorário de 1970.

Em Cidadão Kane foi a primeira vez que a profundidade de campo era usada intencionalmente em um filme. Outro fato inédito foi a passagem do exterior do castelo para o interior, com a fusão de películas e um longo travelling. 
Castelo onde morava Kane.

A trilha sonora é do compositor Bernard Herrmann, também responsável pelas trilhas de Psicose (1960) e de Taxi Driver (1976).

William Randolph Hearst chegou no final da década de 1930 como o homem mais influente da imprensa dos EUA, iniciando sua carreira de empresário aos 24 anos de idade. Durante seu lançamento, proibiu de mencionar o filme em seus jornais. Tentou também a carreira política, sendo candidatado à prefeitura de Nova Iorque por duas vezes, a governador do Estado uma vez e até vice-governador, também uma vez, perdendo nas quatro candidaturas.

Sr. Kane.


Trailer (Não oficial):






Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Citizen_Kane
https://www.omelete.com.br/filmes/icidadao-kanei
https://www.blahcultural.com/a-treta-historica-por-tras-de-cidadao-kane/
https://www.papodecinema.com.br/filmes/cidadao-kane/
https://www.youtube.com/watch?v=BiZi4rx9TJo (Youtube: Comunicação e Multimeios UEM 2017)

domingo, 16 de setembro de 2018

O Leopardo (1963)




“Se quisermos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude”.
Tancredi


Elenco: Burt Lancaster (Prince Don Fabrizio Salina); Claudia Cardinale (Angélica Sedara); Alain Delon (Tancredi Falconeri); Terence Hill (Count Cavriaghi); Paolo Stoppa (Don Calogero Sedara)

Origem: Itália.

Duração: 186 min.

Direção: Luchino Visconti.


Este longa, baseado no romance homônimo escrito por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, retrata o ano de 1860 na Sicília, durante o período vivido nos palácios da aristocracia durante o conturbado reinado de Francisco II das Duas Sicílias e o Risorgimento, que foi o longo processo de unificação dos Estados autônomos que originaram o Reino de Itália, em 1870.

Don Fabrizio e sua família.


O príncipe Don Fabrizio Salina testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia. Num cenário caótico de fortes contradições políticas, ele luta para manter seus valores e reconhece a importância da revolução para a manutenção de seus interesses.

Burt Lancaster interpretando D. Fabrizio Salina.

Para D. Fabrizio a ascensão da burguesia é uma ameaça e diante disso combina o casamento do seu sobrinho Tancredi com Angélica, filha de um burguês e influente administrador de propriedades da região.

Tancredi, Angélica e D. Fabrizio.

Luchino Visconti queria que D. Fabrizio fosse interpretado por Laurence Olivier, mas os produtores insistiram que o personagem fosse interpretado por um astro de Hollywood, visando um maior retorno de bilheteria, sendo escolhido Burt Lancaster.

Cena com Burt Lancaster.

O filme levou quatro meses para ser rodado, pois Luchino Visconti era detalhista na recriação de época, permitindo que Claudia Cardinale só lavasse os cabelos a cada 15 dias, gerando problema com a atriz.

Cena da Valsa.

O filme tornou-se grande sucesso comercial e bastante elogiado pela crítica.

Luchino Visconti foi um dos mais importantes diretores de cinema italianos. Nasceu em Milão, no dia 2 de novembro de 1906 e faleceu em 17 de março de 1976 na cidade de Roma. Tinha o título de Conde de Lonate Pozzolo, devido descendência nobre da família milanesa dos Visconti. Foi um dos fundadores do Neorrealismo Italiano, apresentando uma carreira diversificada entre o realismo e o Cinema Clássico, com referências de Dostoiévski à Thomas Mann.

Luchino Visconti.

O personagem D. Fabrizio Salina foi inspirado no avô do autor do livro, que era o príncipe de Lampedusa.

O longa foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1963.




Trailer:




Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Leopardo_(filme)
http://cineplot.com.br/index.php/2018/01/05/10-filmes-para-conhecer-luchino-visconti/
http://filmesclassicos.com.br/2017/03/15/visconti-final/
https://www.cinecompipoca.com.br/curiosidades-classicas-o-leopardo-1963/
https://www.youtube.com/watch?v=DHYu--E9ucI (Blondinka Inoz)

domingo, 2 de setembro de 2018

Psicose (1960)


Elenco: Anthony Perkins (Norman Bates); Janet Leigh (Marion Crane); Vera Miles (Lila Crane / irmã de Marion); John Gavin (Sam Loomis); Martin Balsam (Det. Arbogast); John McIntire (Xerife Al Chambers); Simon Oakland (Dr. Fred Richmond); Vaughn Taylor (George Lowery, chefe de Marion); Pat Hitchcock (colega de trabalho de Marion).

Direção: Alfred Hithcock.
Ano: 1960
Duração: 109 min.

Psicose é um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica certa "perda de contato com a realidade".

O Filme é do gênero suspense psicológico, com direção de Alfred Hitchcock, roteiro de Joseph Stefano, baseado no romance homônimo de Robert Bloch, vagamente inspirado nos crimes do assassino de Wisconsin, Ed Gein, famoso lunático que matava, profanava túmulos e fazia abajures, máscaras e até vestes inteiras com a pele de suas vítimas.

A secretária Marion Crane (Janet Leigh) rouba numa sexta-feira 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha, com a intenção de pagar as dívidas de seu amante, Sam Loomis (John Gavin). Com a certeza de que seu crime só será percebido após o final de semana, ela sai dirigindo sem parar.

Janet Leigh no papel de Marion Crane.

Após uma tempestade, ela vai parar em um motel de estrada chamado Bates, administrado por um rapaz, chamado Norman Bates (Anthony Perkins). Marion é procurada por um investigador, a irmã e seu amante.

Marion e Norman Bates.

É um grande clássico da história do cinema, aclamado pelo público e pela crítica, e marcado pela famosa cena do banheiro, o suspense e de sua trilha sonora.

Clássica cena de Marion no banheiro.
Hitchcock comprou anonimamente os direitos do livro de Robert Bloch, que deu origem ao roteiro do filme; ele pagou onze mil dólares e depois comprou todas as cópias disponíveis no mercado para que ninguém o lesse e, consequentemente, seu final não fosse revelado.

Lila Crane, irmã de Marion e Sam Loomis em busca de Marion.
O filme custou 800 mil dólares e faturou 60 milhões de dólares nas bilheterias do mundo inteiro.

Psicose foi indicado no Oscar para: atriz coadjuvante (Janet Leigh), fotografia, direção de arte e direção (Alfred Hitchcock).

Hitchcock resolveu gravar em preto e branco, pois achava que o filme pareceria muito sangrento se fosse filmado a cores.

Anthony Perkins no papel de Norman Bates.

Hitchcock queria que a cena do banheiro fosse realizada em silêncio, mas o responsável pela trilha sonora do filme, Bernard Hermann, insistiu e compôs uma para a cena, fazendo Hitchcock gostar e utilizar no longa.

Uma modelo nua foi utilizada por Hitchcock em algumas das cenas do chuveiro, na intenção de criar realismo.

Janet Leigh, além da indicação ao Oscar, foi premiada com o Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante. Ela é mãe da também atriz Jamie Lee Curtis, que realizou os filmes Halloween e Um Peixe Chamado Wanda.

Cena com as atrizes Pat Hitchcock e Janet Leigh.
O som ouvido do facão sendo fincado no corpo de Marion é, na verdade, o som de um facão encravando em um melão.

Alfred Hitchcock nos bastidores do filme.
Para economizar nos custos de produção, Hitchcock resolveu por utilizar em Psicose boa parte do elenco de sua série exibida na TV americana.

Para criar o sangue na cena do chuveiro foi utilizada calda de chocolate.

Residência da família Bates.
Durante sua exibição, Hitchcock exigiu dos cinemas de que ninguém poderia entrar na sessão depois que o filme já tivesse começado, para que os espectadores assistissem o filme por inteiro.

No Brasil foi lançado em novembro de 1961.

Ocorreram três sequências, em 1983, 1986 e 1990; e, um remake homônimo em 1998.


Trailer:



Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psycho
http://www.planocritico.com/critica-psicose-1960/
www.filmesclassicos.com
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1603/curiosidades/
https://www.youtube.com/watch?v=wfGjWZmyvfo - YouTube - Leandro Marchetti

sábado, 11 de agosto de 2018

Um corpo que cai


Elenco: James Stewart (John "Scottie" Ferguson); Kim Novak (Judy Barton/Madeleine Elster); Barbara Bel Geddes (Midge Wood); Tom Helmore (Gavin Elster); Henry Jones (juiz); Ellen Corby (proprietária do hotel); Konstantin Shayne (Pop Leibel); Raymond Bailey (médico de Scottie).

Direção: Alfred Hithcock.

Ano: 1958

Duração: 128 min.

O longa é um suspense psicológico dirigido e produzido por Alfred Hitchcock, baseado no romance D'entre les morts (Dentre os Mortos), de 1954, dos autores Pierre Boileau e Thomas Narcejac.

James Stewart no papel de John "Scottie" Ferguson.
O filme conta a saga do detetive John "Scottie" Ferguson, que descobre após uma perseguição policial, na cidade de São Francisco, ter acrofobia (medo de altura).

Dias depois, entra em contato com um conhecido da faculdade, chamado Gavin Elster, que pede a Scottie que investigue sua esposa, Madeleine, alegando que ela está corre algum tipo de perigo.

James Stuart e Kim Novak.

Um corpo que cai, que em maio de 2018 completou 60 anos, recebeu críticas mistas na sua estreia e bilheteria abaixo do esperado, mas atualmente é citado como um clássico filme de Hitchcock.

Kim Novak foi a segunda opção do diretor para o papel principal.

Kim Novak no papel de Madeleine.
Foi o primeiro longa a utilizar o zoom Dolly, um efeito de câmera que distorce a perspectiva para criar desorientação, para demonstrar a acrofobia de Scottie.

Cena de vertigem de Scottie.
Alfred Hithcock aparece no filme aos onze minutos, vestindo terno cinza e caminhando no estaleiro.

A trilha sonora foi escrita por Bernard Herrmann, conduzida por Muir Mathieson.

O filme teve duas indicações ao Oscar, nas categorias de som e direção de arte.

Barbara Bel Geddes e James Stuart.
Em 1996, Robert Harris e James Katzos, os mesmos laboratoristas que recuperaram os originais de Lawrence da Arábia, recuperam este filme na quantia de um milhão de dólares.

KimNovak, James Stuart e Alfred Hitchcock.
O filme estreou em maio de 1958 nos EUA e em julho do mesmo ano no Brasil.

Excelente filme que sugere na trama medo, obsessão e algo sobrenatural.

Excelente fotografia, com belas tomadas de cenários de estúdio e externas da cidade de São Francisco, além de trilha sonora marcante. 



Fontes: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Vertigo_(filme)
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/05/um-corpo-que-cai-de-hitchcock-completa-60-anos.shtml
http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2012/08/um-corpo-que-cai-de-alfred-hitchcock-e-eleito-o-melhor-filme-da-historia.html
https://www.omelete.com.br/filmes/um-corpo-que-cai-obra-de-hitchcock-completa-60-anos-como-um-dos-melhores-filmes-ja-feitos

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Morangos Silvestres


Ano: 1957

Elenco: Victor Sjöström (Isak Borg); Ingrid Thulin (Marianne Borg); Bibi Andersson (Sara); Gunnar Björnstrand (Evald Borg); Jullan Kindahl (Agda); Folke Sundquist (Anders); Björn Bjelfvenstam (Viktor); Naima Wifstrand (sra. Borg, mãe de Isak); Gunnel Broström (sra. Alman). 

Direção: Ingmar Bergman 

Duração: 91 min. 

Victor Sjöström como Isak Borg.

A caminho de uma premiação numa universidade, o professor de medicina Isak Borg relembra momentos marcantes da sua vida e suas decepções, temendo a aproximação da morte.

O título original, em sueco, refere-se ao lugar (stället) onde se encontram morangos silvestres (smultron). 

Isak Borg dirige com sua nora, Marianne, de Estocolmo para Lund onde irá receber uma honraria da universidade local, por seus 50 anos de carreira. No caminho, relembra os principais momentos marcantes de sua vida, temendo a morte que se aproxima, além de Marianne desabafar sobre o relacionamento que tem com o filho de Isak. 

Isak e Sara.

Ao longa da jornada, os dois conhecem várias pessoas, tais como: Sara e os seus companheiros de viagem e Viktor e Anders, os quais vão para Itália. Além disso, Isak vai visitar a sua mãe. Estes encontros fazem Isak lembrar da sua própria vida.

Sara, Viktor e Anders conversando com Isak.

O roteiro do filme foi realizado Bergman, que gostava de trabalhar com questões existenciais, tais como: mortalidade, solidão e fé. A inspiração foi durante uma viagem que ele mesmo realizou. 

O diretor era grande fã de Victor Sjöström, que desde o início era o ator escolhido para fazer o papel. Sjöström foi um grande diretor do cinema mudo sueco, durante as décadas de 1910 e 1920.

Isak e sua mãe.

Referente a prêmios e reconhecimentos, o filme recebeu em 1958 no Festival Internacional de Berlim o Urso de Ouro por Melhor Filme e o Prêmio FIPRESCI para Victor Sjöström. 

Em 1959, no BAFTA, recebeu as indicações de Melhor Filme e Melhor Ator (estrangeiro) para Victor Sjöström. 

Em 1960, no Globo de Ouro, foi o vencedor na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. No Oscar, neste mesmo ano, foi indicado na categoria de Melhor Roteiro Original para Ingmar Bergman.

Victor Sjöström e Ingmar Bergman durantes as gravações.

É um excelente filme, de linguagem simples e com diversas reflexões, mostrando o presente e o passado de Isak Borg com muita emoção.



Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morangos_Silvestres
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4032/
http://cinemaemcena.cartacapital.com.br/Critica/Filme/8296/morangos-silvestres
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingmar_Bergman
http://cinemadafundacao.com.br/2018/07/mostra-ingmar-bergman-chega-ao-cinema-da-
fundacao/
https://cinemaclassico.com/frases/frases-de-ingmar-bergman/
http://www.portal-cinema.com/2008/11/biografia-ernst-ingmar-bergman.html